caminhos pela minha cabeça
me levam sempre a lugar nenhum
pontas de precipicios
sem paisagem no horizonte
só vejo o fundo
mesmo olhando pra cima
tento gravar imagens na alma
por cima do que antes estava ali
forma-se um mosaico de buracos
infinitos, que de tempos em tempos
transbordam o veneno das lembranças
olhos amputados, sobrecarregados
mãos tremulas tateando
apenas procurando
sem saber o que
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