25 novembro, 2012

sinto-me disforme
ossos grandes de mais

pouco tempo para muito envolvimento

fecho os olhos
é foda ver que tudo se foi

sinto o espaço sobrar dentro de mim

é de fato pouco tempo?

me jogo contra a parede

talvez seja pouca, por fim,

pouca vontade.
o tempo morreu
e com ele eu

o eu que já fui
passagem acumulada

se hoje é ensolarado
faça por merecer

conheceremos dias piores

explodimos, com olhos brilhando

sorrimos, com o sangue pulsando

se a neblina sobe
e falha a batida

honre o que já foi
faça por merecer

21 novembro, 2012

minha garganta rasga
de vontade de falar
mas eu prendo-me e
...

colo os olhos em
frestas pequenas de mais

se o choque vem
desabo, avalanche

e das feridas escorre colorido
tudo por medo de desagradar

meus menores dias, as vezes vêm
com ar fresco, espaçando
a careta do meu coração
diante do pulso fraco por
estar me escondendo mais uma vez

e o sorriso sem graça faz escorrer
tudo que poderia haver de bom

me atrapalho, corto os dedos
os pés por todos os lados
cortinas me escondem os dias

o desafio, eu tento aceitar
mas caio, esqueço, saboto-me

e o sorriso sem graça faz escorrer
qualquer chance de coisa alguma (que fosse)

14 novembro, 2012

Veja que lindo
É mentira.