31 dezembro, 2010

Limpando os cantos
pra quando você chegar
Se ainda são
Já não importam mais

Mais uma hora passou
fitando a parede e ensaiando

Sem descobrir o que deveria
Mais tempo sem emoção se passou
Enganando quem não deveria
passando por cima do próprio pé

Olha você!
Não vem me dizer o quão errado estou!

Tudo bem,
a opção sempre foi sua e você sabe.

Então porque?

Diga você. É só quem pode.

25 dezembro, 2010

Fausto se apresentou
reconheceu-se no espelho
tempos depois
era mais claro e calmo
não lhe vinham mais as palavras
mas era questão de tempo
para conseguir novamente
as novas questões estavão ali
eram muito mais profundas
e o empurravam para longe
porem, no intimo já não fazia mais mal
era muito maior do que as visões de antes
necessidades não eram mais construidas
as flores eram apenas flores
e o sol só brilhava
o mundo estava ali para ser descoberto
todo segundo a respiração lhe surpreendia
Tocado novamente, numa intensidade que doeria
mas já não era mais parte da existencia
as coisas se desamontoavam em vez do habitual abarrotar
tudo vai ficando mais simples e claro
chegando ao ponto de só ser
as palavras agora trazem angulações que penetram
é de uma intesidade que chega a doer
uma verdade e seriedade palpavel
a verdade interior qe se faz mais presente
sendo ela quem guia e faz brotar

24 dezembro, 2010

O que não se desfaz?
esses nomes que você deposita sobre você
essas cores que você insiste em criar
todos esses lados com caracteristicas
doutrinas que precisam ser criadas
passos que são sempre seguidos

22 dezembro, 2010

Olhou mais uma vez
antes de saltar
com o peito aberto
respirou e contou

Eu vi o limo
e estive la
sem ter de pisar
deixem que afiem as facas

besteira
é deixar a cabeça tagarelar
besteira
é negar a vontade que vem

Som
se faz a paz

14 dezembro, 2010

Na honestidade pessoal
descobre-se a liberdade

Baseado em sentimentos reais
contruir a sobriedade

Medo real é não fazer
acreditar nas correntes
prender os pés e não voar
estampar em si a descrença

Todo dia andar um passo a mais
em direção da incerteza
que faz brotar o tesão da descoberta
gritar e chamar

Que venha mais uma vez!

12 dezembro, 2010

Reavalie
Pense no que não vê

Essa inquietação
fruto de confusão

Reavalie
Pense no que está em você

Entenda o que quiser crêr

Faça o caminho
instranferivel e pessoal
Nenhuma luz alheia guiara

Pontos de vista e discuções
não constroem a paisagem

09 dezembro, 2010

Daquele lado da ponte
sera que tem o mesmo de cá?

Qual é a razão da vontade de mudar?
Isso pra não falar dessa mania de perguntar!

Olha, não diz pra ninguem
mas é só pra não deixar o olhar esfriar
o calo raspa e a roupa rasga
e tem o café com o pé no chão frio

vertigens passam e o horizonte vem
a cama bate os pés
tem vapor na tua boca
mas é bom andar assim cedo

outras marcas aparecem e tudo se soma
essa trama não se conta nem se diz

06 dezembro, 2010

A cabeça bate desesperada na pedra
a realidade numa velocidade irreal
penetra violentamente pela mente
as cenas só fazem sair sangue pela boca

e os pregos estão pelo chão
os dedos também caem
as prateleiras abarrotadas se arrastam
todo o material que nunca saiu da fase embrionaria

a respiração profunda abre um rombo na nuca
a tremedeira faz quebrar os dentes
derrame existencial
verdade contada pelo jornal faz a muleta ganhar utilidade
e então tudo ganha uma cor, apenas uma.
Parte
e no calendario não tem data de volta

parte
no meio sem concerto

parte
de uma coisa que não tem outro lado

Aproveita pra olhar agora que está tudo apagado

02 dezembro, 2010

É fato publicado
não consigo mais mentir pra mim
e eu não sei mais o tamanho da dor
nem as cores do semaforo
e se eu acabasse fatalmente confundindo
não creio que o mundo faria um minuto

pois é
veio o coice
provavelmente pra curar as costelas
vai demorar até a morte
e o ultimo sinal vai ser o arrependimento
pra sempre, marcado fundo na minha cabeça
em lugar nenhum, sem importancia nem ao proprietario

qual é o motivo dessa afasia consciente?
qual o porque?
rosto no chão sob conscessão
um egoismo absurdo
medo imensuravel
uma bosta