06 dezembro, 2010

A cabeça bate desesperada na pedra
a realidade numa velocidade irreal
penetra violentamente pela mente
as cenas só fazem sair sangue pela boca

e os pregos estão pelo chão
os dedos também caem
as prateleiras abarrotadas se arrastam
todo o material que nunca saiu da fase embrionaria

a respiração profunda abre um rombo na nuca
a tremedeira faz quebrar os dentes
derrame existencial
verdade contada pelo jornal faz a muleta ganhar utilidade
e então tudo ganha uma cor, apenas uma.

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