21 novembro, 2012

minha garganta rasga
de vontade de falar
mas eu prendo-me e
...

colo os olhos em
frestas pequenas de mais

se o choque vem
desabo, avalanche

e das feridas escorre colorido
tudo por medo de desagradar

meus menores dias, as vezes vêm
com ar fresco, espaçando
a careta do meu coração
diante do pulso fraco por
estar me escondendo mais uma vez

e o sorriso sem graça faz escorrer
tudo que poderia haver de bom

me atrapalho, corto os dedos
os pés por todos os lados
cortinas me escondem os dias

o desafio, eu tento aceitar
mas caio, esqueço, saboto-me

e o sorriso sem graça faz escorrer
qualquer chance de coisa alguma (que fosse)

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