28 fevereiro, 2011

O menino fugiu
e foi mais uma vez para o cais.
- Ei moço, quanto custa minha liberdade? Quero sair nesse mundão.
- Daqui garoto, nessa terra quente e cheia de ganancia, pra ver o céu tem é que morrer.
Olhou o mar e decidiu aceitar, num navio foi trabalhar. Era sol ou chuva, todo dia tinha o porão pra varrer e limpar.
Descobriu tudo que podia ser descoberto. Conheceu cada canto que conseguisse chegar. Quando o barco atracava em outro cais.
Mas sabia que isso não era bom. Havia vivido por várias vezes, sentimentos bons e verdadeiros mas porque então ainda ficava na cabeça a pergunta?
Ele queria descobrir qual era a grande duvida, a maior pergunta para ser respondida. Tinha certeza que essa era a pergunta que deveria ser feita. Mas onde ela estava?
Alguem já teria descoberto o que perguntar?
Pegou toda a existencia criativa que rondava ao redor dos passos que dava e saiu. Aquela parte já não era mais nova, onde ainda tinha de olhar?

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